quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Curiosidades sobre o flme ''O iluminado''

 
Ontem assisti o filme ''O Iluminado'' com a minha filha de 13 anos.Como alguns leitores sabem,eu tive uma locadora de video por 18 anos,e assisti milhares de filmes.Hoje,tento passar para minha filha o melhor do melhor! E sem duvida esse é um dos meus favoritos!
Aqui reuni algumas curiosidades que pesquisei em varios sites da internet sobre o filme.
Mas estou torcendo para minha filha ler o livro(ela é leitora voraz!) e me conte os detalhes e diferenças entre o livro e o filme de Kubrick!
   

i  
 







  • Kubrick era  perfeccionista, e isso ficou mais do que claro nas filmagens de O Iluminado, seu primeiro filme de terror, que ele decidiu filmar após recusar a proposta de dirigir a sequência de O Exorcista. O diretor já tinha fama de fazer os atores suarem a camisa rodando uma mesma cena dezenas de vezes, mas aqui esse perfeccionismo chegou ao máximo. A Shelley Duvall, coitada, repetiu mais de 120 vezes uma mesma tomada

  • . No fim, gente, mais de 400 mil metros de negativos foram rodados, e Kubrick aproveitou, de tudo que filmou, cerca de 1% para compor o resultado final. Era tanto material que ficou de fora que algumas cenas das montanhas foram reutilizadas no final de Blade Runner, com uma narração em off do Harrison Ford ao fundo. Isso se deu porque o estúdio não aprovou o final original do diretor Ridley Scott, e optou por substituí-lo.



  •  Além da mania de repetição, Kubrick queria que os ambientes do Hotel Overlook fossem banhados por pura luz. Notem bem como, diferente da maioria dos terrores escuros atu ais que, por acaso, não assustam nem uma mosca, O Iluminado é extremamente iluminado .Toda essa luz gerou um enorme calor no cenário, que, em dado momento, pegou fogo.

  • Para as várias cenas de movimentação de câmera em O Iluminado foi utilizado um equipamento ainda ousado pra época, a steadicam. Essa nova técnica permitia a movimentação da câmera sem a trepidação da mesma  .O pessoal ainda estava aprendendo a usá-la, já que não era assim tão fácil, mas no fim a impressão que fica é de que tudo valeu a pena. O resultado é mesmo impressionante, haja visto as cenas apavorantes do menino Danny andando de velotrol pelos corredores do hotel.

  • Por falar no Danny, o ator mirim com o mesmo nome do personagem, Danny Lloyle (assim como Jack Nicholson, com o mesmo primeiro nome de seu personagem, Jack Torrance), não sabia, em momento algum, que estava participando de um filme de terror. Kubrick queria proteger o garoto, que estava apenas com 6 anos, e escondeu dele todo o teor aterrorizante durante as filmagens. E até a estréia, Danny não sabia que tinha participado de um dos filmes mais assustadores da história, um marco do terror. Dificil acreditar que as caras tão assustadoras do menino fossem sem noção do que ele estava representando! Mas imagino hoje esse ator com 31 anos se vendo no filme lembrando que apenas mandavam ele andar com a motoquinha e parar na frente do quarto 237!
  • O roteiro de O Iluminado foi baseado no livro do Stephen King, o famoso escritor de terror muito adaptado para o cinema. Na época, apenas uma de suas obras tinha ganhado uma versão cinematográfica, Carrie – A Estranha, do Brian De Palma. Kubrick mudou drasticamente o livro de King, e manteve somente a base. Entre algumas das maiores mudanças, está o passado de Jack, que no livro é um alcoólatra tentando se recuperar. O livro se foca bastante no pré-hotel. Mostra mais do passado da família, como o episódio em que Jack, bêbado, quebra o braço do próprio filho
  • .
  •  Kubrick chegou a filmar as cenas da violencia de Jack com o menino,mas pouco antes da estreia do filme, resolveu cortá-las. E são mais de 30 minutos perdidos. Se bem que, desse jeito, sem sabermos nadinha sobre o passado dos personagens, tudo é muito mais interessante. Os vários cortes com relação ao livro serviram para que Kubrick causasse à sua obra um ar mais ambíguo: será que toda essa paranóia está sendo causada pelo isolamento ou será que é pelo teor sobrenatural do lugar? Será que esses fantasmas não são frutos da paranóia.

  •  No livro de King não existe essa dúvida, já que fica clara a presença de fantasmas e de que estes possuíram o pai da família. No livro também não há labirinto algum(eu prefiro com o labirinto), apenas alguns arbustos em forma de animais que ganham vida.


  •  O final do Kubrick é completamente diferente do de King, onde o clímax se dá na explosão do hotel.

  • Agora, uma mudança menor, porém que serve como deliciosa curiosidade para os fãs, está no número do quarto assombrado. No livro era 217, mas no filme, a pedido do gerente do hotel onde as cenas externas foram rodadas, com medo de que os clientes não quisessem mais se hospedar nesse quarto, o número foi trocado para 237, que inexistia no hotel.

  • Durante as filmagens, era comum que Kubrick ligasse pro King e fizesse pra ele perguntas um tanto quanto bizarras, como “Você acredita em Deus?”. Segundo consta, Kubrick nunca obteve as respostas.
  • Tantas mudanças fizeram com que King detestasse o filme de Kubrick. O escritor o definiu como um carro maravilhoso e muito luxuoso, mas sem motor. King disse, na época, que Kubrick não entendia nada de terror, e que a prova maior estava na cena em que a Shelley Duvall descobre o que seu marido andava escrevendo. Segundo King, Kubrick não deveria ter mostrado o Jack Nicholson se aproximando da mulher, e sim que apenas mostrasse sua mão agarrando o ombro da mesma, dando um sustinho bobo na plateia. Besteira, né? Mas o King não foi o único que detestou o filme, não. Os críticos, na época, massacraram-no sem dó nem piedade. Diziam que Kubrick não entendia nada de terror, e que o visual era limpinho demais, e por isso não assustava.
  • A Variety escreveu o seguinte: “... quanto mais maluco fica Nicholson, mais idiota parece. Shelley Duvall transforma a acolhedora e compreensiva esposa do livro numa histérica caricatural e semi-retardada”. Kubrick ainda foi indicado ao Framboesa de Ouro de pior diretor na época, e Shelley Duvall, de pior atriz. Mas tudo isso passou, e hoje O Iluminado é aplaudido e reconhecido como o marco do terror que sempre foi.

Hoje podemos nos deliciar com essas curiosidades sobre um filme que amamos, pra depois corrermos pra assisti-lo novamente.
Eu já vi varias vezes , e toda vez que revejo percebo pequenos toques de maestria,detalhes,e sempre me impressiono com a trilha sonora por vezes irritante ,angustiante, mas com certeza que aterroriza muito e da um toque de genio na finalização do filme.


 

Danny Lloyd: o tempo passa...

Mais misterioso do que “O Iluminado”, de Stanley Kubrick, que teve Jack Nicholson como protagonista, só mesmo o paradeiro do pequeno Danny Lloyd, o menininho do filme. Danny tinha seis anos na época das filmagens, e assombrou o mundo com sua impressionante atuação. A cena em que muda a voz e começa a repetir “Redrum! Redrum!” (“murder” ao contrário, que em português significa assassinato), ficou marcada na história do cinema.

. Veja a famosa cena de Danny dizendo "Redrum!"

No entanto, após “O Iluminado”, Danny fez apenas mais um filme, “Will: The Autobiography of G. Gordon Liddy”(1982), para a TV. Depois, sumiu do mapa. Deu raras entrevistas e se tornou uma pessoa extremamente reclusa, apesar da insistência dos fãs em saber sobre sua vida. Segundo o IMDB (International Movie Database), Danny Lloyd virou professor de biologia e ciências no Missouri, Estados Unidos.

Divulgação/Reprodução

Danny durante festival de filmes de terror, em agosto

Mas uma aparição inédita em um festival de filmes de terror no Kentucky (Fright Night Film Fest), em agosto deste ano, saciou a curiosidade dos fãs. Danny, que nunca havia participado de nenhum evento do gênero, autografou pôsteres e imagens de “O Iluminado” e posou para fotos com o público. Calvo e com 36 anos, ele se parece muito pouco com o menininho fofo do filme.

. Veja vídeo de Danny Lloyd no festival de filmes de terror, em agosto de 2009


                                                  Escolhido entre 5 mil crianças

 Para escolher quem faria o personagem Danny Torrent, em “O Iluminado”, Stanley Kubrick e seu assistente Leon Vitali entrevistaram cinco mil crianças ao longo de meses. A ideia inicial do diretor era colocar Cary Guffey, o menininho de “Contatos imediatos do terceiro grau” (1977), mas os pais do garoto consideraram o tema do filme muito pesado. Danny Lloyd acabou sendo escolhido, e o resultado deixou Kubrick bastante satisfeito. “Ele é incrível, intuitivo. É esperto, talentoso e tem sensibilidade”, disse o diretor, em entrevista.



Fonte: Ego Noticias

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...